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Diabetes e Visão Embaçada: Edema Macular Diabético Pode Ser o Motivo! Saiba Como Tratar

Foto do escritor: Dr. Ever RodriguezDr. Ever Rodriguez

O Edema Macular Diabético (EMD) é uma complicação ocular grave do diabetes que pode levar à perda progressiva da visão se não for tratado corretamente. Ele ocorre quando há acúmulo de líquido na mácula, a região central da retina responsável pela visão nítida e detalhada.


Esse inchaço acontece porque os altos níveis de açúcar no sangue danificam os pequenos vasos sanguíneos da retina, tornando-os frágeis e permitindo o vazamento de fluido. O Edema Macular Diabético é uma das principais causas de perda visual em adultos em idade produtiva, o que torna sua prevenção e tratamento fundamentais para a qualidade de vida dos pacientes com diabetes.


Neste artigo, você vai entender tudo sobre Edema Macular Diabético, incluindo causas, sintomas, diagnóstico, opções de tratamento e como prevenir essa complicação.


   Edema Macular Diabético e Baixa Visual
Edema Macular Diabético

O que é o Edema Macular Diabético?

O Edema Macular Diabético (EMD) é uma complicação da Retinopatia Diabética, uma doença causada pelo diabetes que afeta os pequenos vasos sanguíneos da retina.

A mácula é a parte central da retina, responsável pela visão de detalhes finos e cores. Quando os vasos sanguíneos danificados pelo diabetes começam a vazar fluido e proteínas, ocorre um inchaço na mácula, prejudicando a visão central.

O Edema Macular Diabético pode ocorrer em qualquer fase da Retinopatia Diabética, tanto em pacientes com Diabetes tipo 1 quanto Diabetes tipo 2. Se não tratado, pode levar à perda permanente da visão.




A: Esquema do Edema Macular Diabético (EMD) com o vazamento de fluido de vasos danificados, resultando em inchaço da retina. B: Imagem de OCT do EMD.
A: Esquema do Edema Macular Diabético (EMD) ilustrando o vazamento de fluido de vasos danificados, resultando em inchaço da retina. B: Imagem de OCT do EMD.

Causas e Fatores de Risco do Edema Macular Diabético

O edema macular diabético é causado pelo dano nos vasos sanguíneos da retina devido à hiperglicemia crônica. No entanto, outros fatores podem agravar ou acelerar a progressão da doença.

Principais Causas:

  • Glicemia descontrolada – O alto nível de açúcar no sangue danifica os vasos sanguíneos da retina.

  • Retinopatia Diabética – A progressão da retinopatia leva ao aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos.

Fatores de Risco:

  • Diabetes de longa duração – Quanto mais tempo a pessoa tem diabetes, maior o risco.

  • Pressão alta (hipertensão arterial) – Agrava a inflamação dos vasos da retina.

  • Colesterol e triglicerídeos altos – Aumentam os depósitos de gordura na retina.

  • Doença renal– Relacionada a problemas vasculares que afetam os olhos.

  • Tabagismo – O cigarro prejudica a circulação e acelera a progressão da retinopatia diabética.

  • Sedentarismo e dieta inadequada – Contribuem para o descontrole do diabetes e aumento do risco ocular.

O controle do diabetes e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais para evitar o edema macular diabético.


Sintomas do Edema Macular Diabético

Os sintomas do Edema Macular Diabético (EMD) podem ser sutis no início e piorar gradualmente. Algumas pessoas podem não notar alterações visuais até que a doença já esteja avançada.

Principais Sintomas:

  • Visão embaçada ou turva – Dificuldade para enxergar detalhes.

  • Distorção na visão (metamorfopsia) – Linhas retas podem parecer onduladas.

  • Dificuldade para ler ou enxergar de perto – Mesmo com óculos, pode haver dificuldades.

  • Cores desbotadas ou menos vibrantes – Percepção alterada das cores.

  • Mancha escura na visão central – Pode prejudicar tarefas diárias como dirigir.


Se você tem diabetes e perceber qualquer alteração na visão, procure um oftalmologista imediatamente.


Diagnóstico do Edema Macular Diabético

O diagnóstico precoce do Edema Macular Diabético (EMD) é essencial para evitar complicações e preservar a visão.

Principais Exames para Diagnóstico:

  1. Mapeamento de Retina

    Avaliação detalhada do fundo do olho para avaliar o grau da retinopatia diabética e identificar sinais de edema macular.

  2. Retinografia

    Registro fotográfico da retina para monitoramento da progressão da doença.

  3. Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

    Exame fundamental para detectar e quantificar o acúmulo de fluido na mácula. A OCT também auxilia no acompanhamento da resposta ao tratamento.

  4. Angiografia Fluoresceínica

    Identifica vazamentos nos vasos sanguíneos da retina através de um corante injetado na veia.

Realizar exames regularmente é essencial para um diagnóstico precoce do edema macular diabético e início imediato do tratamento.


Diagnóstico Diferencial

O Edema Macular Diabético (EMD) pode ser confundido com outras doenças oculares, como:

  • Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

  • Edema macular pós-cirúrgico

  • Oclusão da veia central da retina (OVCR)

  • Uveítes e inflamações oculares

O oftalmologista utilizará exames avançados para diferenciar essas condições e determinar o melhor tratamento.


Tratamento do Edema Macular Diabético

O tratamento do Edema Macular Diabético (EMD) tem como objetivo reduzir o inchaço da mácula e preservar a visão.

1. Controle do Diabetes

  • Manter a hemoglobina glicada (HbA1c) abaixo de 7%.

  • Controlar pressão arterial e colesterol.


2. Injeções Intravítreas de Anti-VEGF

Os medicamentos Anti-VEGF bloqueiam a ação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que causa vazamento de líquido na retina. São aplicados diretamente no olho por meio de injeções.

Medicamentos disponíveis:

  • Bevacizumabe (Avastin): Um anticorpo monoclonal humanizado que inibe o VEGF-A, utilizado off-label para DMRI Exsudativa e Edema Macular Diabético. Embora tenha eficácia semelhante a outros anti-VEGF em ensaios clínicos, seu custo inferior o torna uma alternativa viável. A formulação oftálmica (bevacizumab-vikg) foi aprovada pelo FDA em 2022.

  • Ranibizumabe (Lucentis): Primeiro anti-VEGF aprovado pelo FDA para Edema Macular Diabético, derivado do Bevacizumabe. Demonstrou eficácia significativa na melhora da acuidade visual e é amplamente utilizado para DMRI exsudativa, Oclusão Venosa Retiniana e Retinopatia Diabética. Disponível em biossimilares (Cimerli, Byooviz)

  • Aflibercepte (Eylea): Proteína de fusão que se liga ao VEGF-A, VEGF-B e fator de crescimento placentário (PIGF), proporcionando maior afinidade que o Ranibizumabe e Bevacizumabe. Indicado para DMRI exsudativa, Edema Macular Diabético, Oclusão Venosa Retiniana e Retinopatia da Prematuridade. A nova formulação de 8 mg permite intervalos mais prolongados de injeção.

  • Faricimabe (Vabysmo): Primeiro agente anti-VEGF (VEGF-A) e angiopoietina-2 (Ang-2) aprovado para DMRI exsudativa, Edema Macular Diabético, reduzindo a inflamação e estabilizando vasos sanguíneos com menor necessidade de aplicações frequentes.

  • Brolucizumabe (Beovu): Anti-VEGF altamente concentrado , permitindo maior penetração tecidual e redução da frequência de injeções. Indicado para  DMRI exsudativa, Edema Macular Diabético, demonstrou eficácia superior na redução do fluido retiniano, porém com maior risco de inflamação intraocular.

Esses agentes oferecem opções terapêuticas diversificadas, permitindo abordagens personalizadas para o tratamento de doenças retinianas.

📌 Esquema de tratamento: Injeções mensais no início, seguidas de intervalos maiores conforme a resposta do paciente.

📌 Quando interromper o tratamento? Se a visão for 20/20 e a retina estiver estabilizada em pelo menos 2 consultas consecutivas.

📌 O que fazer se não houver melhora? Trocar de Anti-VEGF ou associar outro tratamento.


3. Corticoides Intravítreos

Os Corticoides intravitreos são uma opção terapêutica para pacientes que não respondem a anti-VEGF ou possuem contraindicações, como gestantes e indivíduos com histórico de AVC. Agem reduzindo a inflamação e a síntese de VEGF, mas apresentam riscos como catarata e aumento da pressão intraocular (PIO).

  • Triancinolona

    A Triancinolona Intravítrea tem efeito de curto prazo (<3 meses) e é utilizada em pacientes refratários ao anti-VEGF. Doses mais altas (>8 mg) podem melhorar a acuidade visual, mas aumentam o risco de aumento da PIO e catarata. A administração subtenoniana tem eficácia semelhante à intravítrea em 6 meses, mas maior impacto na PIO. Já a injeção supracoroidal reduz efeitos adversos ao limitar a exposição do segmento anterior.

  • Dexametasona (Ozurdex)

    O implante biodegradável de liberação sustentada de dexametasona (0,7 mg) oferecem melhora na acuidade visual e espessura macular, com menos injeções e menor risco de hipertensão ocular em comparação à Triancinolona. Aprovado pela FDA para Edema Macular Diabético, sua duração intraocular varia de 3 a 6 meses.

A combinação de anti-VEGF com corticoides pode melhorar a resposta ao tratamento, e nanocarreadores lipídicos de Triancinolona surgem como alternativa promissora.


4. Terapia a Laser na Retina

A Terapia a Laser é amplamente utilizada no tratamento do edema macular e outras doenças da retina. Seu mecanismo envolve a absorção da luz por pigmentos oculares, resultando em modificações teciduais que melhoram a perfusão e estabilizam a doença.

  • Laser Focal

    O Laser Focal é uma abordagem convencional que atua diretamente nas áreas de vazamento vascular, reduzindo o edema macular. Embora eficaz, pode causar atrofia e cicatrizes na retina, levando a escotomas e perda visual localizada.

  • Laser Micropulso ou Micropulsado

    O Laser Micropulso surgiu como alternativa ao laser convencional, com menor dano térmico. Ele emite pulsos curtos e repetitivos, permitindo que os tecidos se resfriem entre os disparos, reduzindo os efeitos adversos. Estudos demonstram que o Laser Micropulso preserva melhor a estrutura retiniana e pode ser tão eficaz quanto o Laser Focal no controle do edema macular, com menor risco de cicatrizes.

Laser Micropulsado Amarelo - IQ 577 Laser System Iridex para Tratamento do Edema Macular Diabético 
Laser Micropulsado Amarelo - IQ 577 Laser System Iridex para Edema Macular Diabético 

A evolução dessas tecnologias tem permitido tratamentos mais seguros e eficazes, ampliando as opções terapêuticas para doenças da retina.


5. Cirurgia (Vitrectomia Posterior)

A Vitrectomia Posterior é um procedimento cirúrgico indicado para casos graves ou refratários de EMC, onde os tratamentos convencionais não foram eficazes.


Prevenção do Edema Macular Diabético

  • Controlar rigorosamente o diabetes.

  • Realizar exames oftalmológicos frequentes.

  • Evitar tabagismo e manter um estilo de vida saudável.


Conclusão

O Edema Macular Diabético é uma complicação grava da diabetes que pode levar à perda da visão. No entanto, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar a doença e manter a qualidade de vida.


Na Clínica EYECO Oftalmologia, unimos conhecimento avançado, tecnologia de ponta e um atendimento humanizado para oferecer diagnósticos precisos e tratamentos eficazes. Somos referência no manejo do Edema Macular Diabético e outras doenças oculares complexas, com uma equipe de Especialistas reconhecidos Internacionalmente e ampla experiência clínica.

Nosso compromisso é proporcionar cuidado oftalmológico de alto nível, baseado em evidências científicas, garantindo segurança e os melhores resultados para a sua visão. Agende sua consulta agora!


Responsável: Dr. Ever Ernesto Caso Rodriguez | CRM-SP: 160.376

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